A canonização do primeiro santo millennial, Carlo Acutis, será realizada no próximo domingo (7). O jovem italiano, que faleceu em 2006, aos 15 anos, em decorrência de uma leucemia fulminante, será proclamado santo pelo Papa Leão XIV. Os millennials, também conhecidos como Geração Y, são aqueles nascidos entre 1981 e 1996.
Carlo será o primeiro santo da era digital. Ele ficou conhecido por utilizar a internet e as redes sociais para evangelizar, levando mensagens de fé e esperança.
Morte
Em 2 de outubro de 2006, Carlo adoeceu. A princípio, parecia ser uma simples gripe, mas, dias depois, seu estado de saúde se agravou e ele foi levado para uma clínica em Milão, onde foi diagnosticada uma leucemia fulminante do tipo M3.
Em 9 de outubro, ele foi transferido para Monza para o Hospital San Gerardo. No dia seguinte, Carlo pediu para receber a Unção dos Enfermos e a Santa Comunhão com a certeza de que morreria em breve.
No dia 11 de outubro, Carlo entrou em coma devido a uma hemorragia cerebral provocada pela leucemia. No dia 12 de outubro de 2006, às 6h45 da manhã, ele faleceu.
Seu funeral foi celebrado no dia 14 de outubro, na Paróquia de Santa Maria Segreta. A igreja ficou tão cheia que muitos foram obrigados a acompanhar a cerimônia do lado de fora.
Processo de Beatificação
A causa de beatificação e canonização de Carlo Acutis foi aberta oficialmente no dia 12 de outubro de 2012, dando início ao processo diocesano. Essa primeira etapa foi encerrada no dia 24 de novembro de 2016, quando toda a documentação foi encaminhada ao Vaticano para a segunda fase do processo.
Em 5 de julho de 2018, o Papa Francisco o declarou venerável, um passo no processo em que são reconhecidas as virtudes heroicas do candidato a santo.
O primeiro milagre atribuído a Acutis, reconhecido pela Igreja Católica, refere-se à cura inexplicável de um menino brasileiro, de Campo Grande no Mato Grosso do Sul, com doença congênita no pâncreas em 2013.
Carlo Acutis foi beatificado na Basílica de São Francisco, em Assis, Itália, no dia 10 de outubro de 2020, em cerimônia presidida pelo cardeal Agostino Vallini. Seu corpo está permanentemente exposto no Santuário do Despojamento, em Assis. Em maio de 2024, o Papa Francisco reconheceu o segundo milagre atribuído ao jovem, levando à sua canonização.
