O ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), admitiu que está avaliando a possibilidade de deixar a Corte após o término de seu mandato à frente da presidência, mas afirmou que nenhuma decisão definitiva foi tomada.
Em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, Barroso disse que a saída é apenas uma hipótese em análise e que pretende refletir profundamente sobre o assunto após um retiro espiritual previsto para o final de outubro. O ministro destacou que conversou sobre o tema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas negou qualquer influência externa em sua decisão.
Barroso também comentou sobre a pressão internacional, incluindo sanções dos Estados Unidos relacionadas à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, ressaltando que tais medidas não interferem em sua escolha. Ele fez ainda um balanço de sua gestão no STF, criticando a operação Lava Jato e reconhecendo falhas no tratamento dado a Lula, ao mesmo tempo em que elogiou avanços do atual governo em diversas áreas.
Apesar de convites de universidades norte-americanas, como Princeton e Johns Hopkins, Barroso afirmou que não planeja deixar o país e mantém comprometimento com o Tribunal. Sua presidência no STF se encerra nesta segunda-feira, quando o ministro Edson Fachin assumirá o comando da Corte pelos próximos dois anos.
O futuro de Barroso ainda é incerto, mas sua reflexão sobre uma possível saída já gera atenção na política nacional e no meio jurídico.
Da Redação.
