A Dinamarca voltou a registrar neste fim de semana a presença de drones não identificados sobrevoando bases militares e aeroportos estratégicos, aumentando a tensão de segurança no norte da Europa. Os incidentes ocorreram em locais como a Karup Air Base — a maior base militar do país — e em outras instalações usadas pela Força Aérea, além de provocar interrupções temporárias em aeroportos civis, como o de Copenhague e o de Aalborg.
O governo dinamarquês classificou os episódios como possíveis “ataques híbridos”, em referência a ações que combinam provocação, espionagem e intimidação sem a formalidade de um confronto militar direto. O Ministério da Defesa confirmou que os drones avistados tinham dimensões superiores às de equipamentos civis comuns, mas ainda não há informações oficiais sobre sua origem.
Diante da escalada, a OTAN reforçou sua presença no Mar Báltico, com envio de navios, caças e aeronaves de monitoramento, em cooperação com países aliados. A Alemanha destacou uma fragata para apoiar a vigilância, e a Dinamarca avalia invocar o Artigo 4 do tratado, que prevê consultas entre os membros da aliança sempre que um país sentir sua segurança ameaçada.
O episódio ocorre em meio a um aumento da atividade militar na região e levanta suspeitas de possível envolvimento da Rússia, hipótese levantada por autoridades dinamarquesas, mas negada por Moscou, que classificou as acusações como “especulações absurdas”.
Enquanto as investigações prosseguem, o parlamento dinamarquês discute medidas para permitir que operadores de infraestrutura crítica tenham autorização para neutralizar drones em situações de risco. A prioridade do governo, segundo comunicado oficial, é garantir a proteção do espaço aéreo e evitar incidentes que coloquem em risco a população civil e a segurança militar.
Da Redação.
