Ataque a sinagoga em Manchester durante Yom Kippur deixa mortos e feridos.

Mundo

Um ataque a uma sinagoga em Manchester, no Reino Unido, deixou pelo menos duas pessoas mortas e outras três gravemente feridas na manhã desta quinta-feira (2), durante o feriado judaico de Yom Kippur, a data mais sagrada do calendário judaico.

Segundo a polícia de Greater Manchester, um carro foi lançado contra pedestres nas proximidades da Heaton Park Hebrew Congregation, no bairro de Crumpsall. Em seguida, o agressor desceu do veículo e iniciou um ataque com faca contra os fiéis que se reuniam para as orações.

Policiais armados responderam rapidamente e atiraram contra o suspeito, que carregava “itens suspeitos”. A corporação, no entanto, não confirmou de imediato se o homem morreu, já que foi necessário acionar equipes especializadas em desarmamento de explosivos para verificar a cena do crime.

Incidente tratado como terrorismo.

O ataque foi classificado pelas autoridades como um “incidente maior” e o protocolo Operation Plato — utilizado em casos de ataques terroristas em potencial — foi ativado. A motivação do agressor ainda está sob investigação, mas não foi descartada a hipótese de crime de ódio.

Reações oficiais.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, interrompeu uma viagem oficial e convocou uma reunião de emergência do gabinete de crise (COBRA). Ele classificou o episódio como “ainda mais horrível por ter ocorrido em Yom Kippur” e anunciou reforço imediato de segurança em sinagogas e locais de culto judaicos por todo o país.

O rei Charles III e diversas autoridades também manifestaram solidariedade às vítimas e à comunidade judaica.

A organização Community Security Trust (CST), que atua na proteção de judeus no Reino Unido, afirmou estar em contato direto com as forças de segurança e ofereceu apoio às famílias afetadas.

Clima de tensão.

O ataque gerou forte comoção entre os fiéis que participavam das celebrações religiosas. A polícia orientou a população a evitar a área até a completa liberação do local pelas equipes de emergência.

Este é considerado um dos episódios mais graves de violência contra a comunidade judaica no Reino Unido nos últimos anos e reacendeu o debate sobre o aumento de ataques antissemitas no país.

Da Redação.

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