Brasil registra 16 casos confirmados e 209 suspeitos de intoxicação por metanol.

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O Brasil enfrenta um alerta de saúde pública após o registro de 16 casos confirmados e 209 suspeitos de intoxicação por metanol, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde neste domingo (5). Os casos foram notificados em 13 estados e no Distrito Federal, com São Paulo concentrando a maioria das ocorrências e mortes confirmadas.

Até o momento, 15 pessoas morreram em decorrência da possível ingestão de bebidas adulteradas. Duas mortes já foram confirmadas por intoxicação por metanol — ambas em São Paulo — e outras 13 estão em investigação nos estados de Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Ceará, além do próprio São Paulo.

Diante do cenário, o Ministério da Saúde instalou uma Sala de Situação Nacional para monitorar o avanço dos casos e coordenar ações conjuntas com órgãos de vigilância sanitária, segurança pública e saúde. O governo federal também iniciou a distribuição de etanol farmacêutico aos estados — substância usada como antídoto em casos de intoxicação.

Em São Paulo, foco principal do surto, várias operações de fiscalização foram realizadas nos últimos dias, resultando na apreensão de mais de 800 garrafas de bebidas suspeitas na capital e na Grande São Paulo. Alguns estabelecimentos foram interditados preventivamente por indícios de comercialização de produtos adulterados.

O metanol, substância envolvida nos casos, é altamente tóxico e impróprio para consumo humano. Quando ingerido, é metabolizado em formaldeído e ácido fórmico, compostos que podem causar cegueira, insuficiência respiratória, falência de órgãos e morte. Os sintomas iniciais incluem náusea, tontura e dor abdominal, mas evoluem rapidamente para complicações graves.

As autoridades reforçam o alerta à população para que não consumam bebidas de procedência duvidosa e observem indícios de falsificação, como lacres violados, rótulos irregulares e preços muito abaixo do mercado.

A Polícia Federal e as polícias civis estaduais também atuam na investigação de possíveis redes criminosas envolvidas na produção e distribuição das bebidas contaminadas.

O Ministério da Saúde recomenda que qualquer pessoa com suspeita de intoxicação procure atendimento médico imediato e que os profissionais de saúde notifiquem os casos ao sistema de vigilância epidemiológica.

Redação CN67.

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