O primeiro dia completo do Tomorrowland Brasil 2025, realizado nesta sexta-feira (10) no Parque Maeda, em Itu (SP), mostrou por que o festival é um dos maiores espetáculos de música eletrônica do mundo. Com os 60 mil ingressos esgotados, o público vibrou em meio a uma atmosfera mágica, marcada por luzes, cores e performances que misturam fantasia e tecnologia.
Mesmo sob a ameaça de chuva, o clima colaborou, e a festa se estendeu noite adentro sem grandes contratempos. A tradicional cenografia do evento — com flores, borboletas, fogos de artifício e palcos monumentais — reforçou a aura mística que faz do Tomorrowland mais do que um festival: uma experiência sensorial completa.
No line-up, velhos conhecidos dominaram o palco principal: Steve Aoki, Armin van Buuren, Deadmau5 e David Guetta revisitaram seus grandes sucessos e mantiveram a plateia em êxtase. O francês Guetta encerrou a noite com um set repleto de hits que marcaram gerações, arrancando coro e emoção do público.
Os brasileiros também brilharam. Vintage Culture comandou a pista Freedom com maestria, enquanto Alok apresentou seu projeto “Something Else”, atraindo uma multidão ao palco Crystal Garden — uma das novidades desta edição. Apesar da sonoridade ainda próxima do estilo que o consagrou, o DJ mostrou por que segue como um dos nomes mais influentes da cena mundial.
Outros artistas nacionais, como RHR, Cashu e Anna, levaram sua pegada mais underground aos palcos alternativos, reforçando a diversidade sonora que, mesmo discreta, resiste dentro do universo comercial do Tomorrowland.
Com dois novos palcos — o Morpho, dedicado ao psytrance, e o Crystal Garden, no estilo Boiler Room —, a edição 2025 ampliou sua proposta imersiva. A ausência de grandes ativações de marcas e a integração com a natureza do Maeda contribuíram para manter o foco onde realmente importa: a música e a experiência coletiva.
Entre luzes que dançavam nas árvores, batidas que vibravam pelo chão e um público tomado por sorrisos, o primeiro dia do Tomorrowland Brasil 2025 comprovou mais uma vez que a magia do festival vai além dos DJs: ela está na energia compartilhada, na celebração da vida e na sensação de fazer parte de um mundo paralelo — por um fim de semana, pelo menos.
Redação CN67.
