Polícia de SP desmonta esquema de bebidas adulteradas com metanol em operação estadual.

Brasil

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou nesta terça-feira (14) a Operação Fonte do Veneno, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada na produção e venda de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, substância altamente tóxica e proibida para consumo humano.

Coordenada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), por meio da 1ª Delegacia de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos da Divecar, a operação mobiliza cerca de 150 policiais civis e cumpre 20 mandados de busca e apreensão em oito cidades paulistas: São Paulo, Santo André, Poá, São José dos Campos, Santos, Guarujá, Presidente Prudente e Araraquara.

Os agentes buscam produtos químicos, maquinário, rótulos falsificados e equipamentos utilizados na fabricação das bebidas, além de celulares e documentos que possam ajudar na identificação dos envolvidos e na comprovação dos crimes.

As investigações começaram há cerca de dez dias, após a prisão em flagrante de um dos maiores fornecedores de bebidas falsificadas do país, segundo informou a delegada Leslie Caran Petrus, responsável pela operação.

“Ele vendia garrafas com rótulos, tampinhas intactas e lacres, praticamente impossíveis de identificar a falsificação. Depois, descobrimos quem adquiriu esses produtos e estamos indo atrás deles hoje”, explicou a delegada.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil já contabiliza 32 casos confirmados de intoxicação por metanol, com cinco mortes oficialmente associadas ao consumo da substância adulterada — todas registradas no estado de São Paulo. As vítimas fatais estavam nas cidades de São Paulo (3), São Bernardo do Campo (1) e Osasco (1).

Outros 181 casos seguem em investigação, enquanto 320 suspeitas foram descartadas. O estado paulista também lidera o número de ocorrências sob apuração, com 100 investigações ativas.

O metanol, também conhecido como álcool metílico, é extremamente perigoso mesmo em pequenas quantidades. Seu consumo pode causar cegueira, insuficiência respiratória e morte. A substância é terminantemente proibida em produtos destinados ao consumo humano.

As autoridades destacam que as investigações continuam e que novas prisões podem ocorrer nos próximos dias, conforme o avanço das buscas e a análise dos materiais apreendidos.

Redação CN67.

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