A Síndrome do Pânico é um transtorno de ansiedade caracterizado por crises súbitas e intensas de medo ou desconforto, acompanhadas de sintomas físicos como palpitação, falta de ar, tontura, tremores, sensação de desmaio e até medo de morrer ou enlouquecer.
Essas crises podem ocorrer sem aviso prévio, e o indivíduo passa a viver em constante alerta, com medo de sentir novamente aquilo que tanto o assustou. Esse medo recorrente pode limitar a vida social, profissional e afetiva, levando o indivíduo a evitar lugares, situações e até sair de casa o que chamamos de agorafobia.
Causas da Síndrome
A síndrome do pânico pode ter múltiplas causas: predisposição genética, estresse crônico, experiências traumáticas, uso de substâncias estimulantes e padrões de pensamento ansiosos.
O cérebro, em especial a amígdala cerebral, responsável por processar o medo, reage de forma desproporcional a estímulos que, na maioria das vezes, não representam perigo real.
🌿 Como lidar com as crises e prevenir novos episódios.
Respire conscientemente: Durante a crise, pratique a respiração diafragmática — inspire pelo nariz contando até 4, segure o ar por 2 segundos e expire lentamente pela boca contando até 6. Isso ajuda o corpo a reduzir o ritmo cardíaco e a tensão.
Reforce pensamentos realistas: Diga a si mesmo: “Estou seguro, isso vai passar.” As crises, embora assustadoras, não colocam sua vida em risco.
Evite o isolamento: Conversar com alguém de confiança e buscar apoio emocional são atitudes fundamentais. O pânico se fortalece no silêncio e na solidão.
Reduza estímulos nocivos: Diminua o consumo de cafeína, álcool e cigarro, pois eles podem potencializar a ansiedade.
Durma e se alimente bem: Um corpo equilibrado ajuda a manter a mente mais estável.
Busque ajuda profissional: O tratamento da síndrome do pânico combina psicoterapia — especialmente a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) —e, quando necessário, acompanhamento psiquiátrico para o uso de medicação adequada.
A Síndrome do Pânico não é fraqueza, nem falta de fé. É um transtorno tratável, e com o acompanhamento correto é possível retomar o controle da vida e reconectar-se com o mundo de forma mais segura e confiante.
Dra. Viviane Maia.
