Mauro Vieira destaca avanço em diálogo com os EUA e prevê encontro entre Lula e Trump.

Política

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, classificou como “muito produtiva” a reunião realizada nesta quinta-feira (16) em Washington com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio. O encontro marcou o início de uma nova fase de diálogo entre Brasil e Estados Unidos, após meses de tensões comerciais e diplomáticas.

Em coletiva de imprensa concedida após o encontro, Vieira destacou o clima positivo da conversa e afirmou que há disposição mútua para reconstruir a confiança entre os dois países.

“Foi uma reunião muito produtiva, em um clima excelente de descontração e de troca de ideias. Houve clareza, objetividade e uma disposição real de trabalhar em conjunto e traçar uma agenda bilateral para tratar de temas específicos de comércio”, afirmou o chanceler.

Segundo o ministro, Brasil e Estados Unidos concordaram em iniciar negociações técnicas nas próximas semanas para discutir temas comerciais, incluindo tarifas aplicadas a produtos brasileiros e sanções norte-americanas que afetam autoridades e empresas nacionais.

Vieira também revelou que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump devem se reunir em breve, em uma tentativa de consolidar a reaproximação política entre as duas nações.

“Há o interesse dos dois líderes em conversar pessoalmente. Ainda não temos uma data definida, mas a vontade política está colocada”, declarou o ministro.

Fontes do Itamaraty afirmam que uma das possibilidades é que o encontro entre Lula e Trump ocorra durante a 47ª Cúpula da ASEAN, marcada para o fim deste mês na Malásia, embora o acerto final dependa das agendas oficiais.

Com a retomada do diálogo, o governo brasileiro busca reduzir barreiras comerciais impostas durante o governo anterior dos Estados Unidos e ampliar o acesso de produtos nacionais ao mercado norte-americano. Vieira ressaltou que o “momento é de reconstrução e pragmatismo” nas relações bilaterais.

“O Brasil quer um relacionamento baseado em respeito mútuo e oportunidades concretas para ambos os povos”, concluiu o chanceler.

Redação CN67.

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