Tarcísio enfrenta nova onda de críticas por suposta taxação de gorjetas; governo nega mudança e fala em fake News.

Política


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a ser alvo de críticas nas redes sociais após a repercussão de notícias sobre a fiscalização do ICMS sobre gorjetas de garçons. A enxurrada de comentários ocorre em meio a outras polêmicas recentes, como o aumento de pedágios e a declaração sobre bebidas falsificadas, apelidada nas redes de “caso da Coca-Cola”.

Segundo levantamento divulgado pelo jornal O Globo, o nome do governador teve um salto nas menções online nas últimas semanas — um crescimento atribuído tanto às discussões sobre tarifas estaduais quanto à onda de debates provocada pelo chamado “tarifaço de Trump”, que reacendeu críticas à política econômica e à postura de Tarcísio.

A polêmica sobre as gorjetas começou após a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares de São Paulo (Fhoresp) denunciar a cobrança de ICMS sobre valores dados voluntariamente por clientes. A entidade classificou a medida como “arbitrária” e afirmou que ela penaliza trabalhadores que dependem das gorjetas como parte essencial da renda.

O governo paulista reagiu afirmando que não há nenhuma mudança na legislação vigente, e que a norma que prevê tributação apenas sobre valores que excedam 10% da conta está em vigor desde 2012. A gestão estadual também declarou que é alvo de fake news, argumentando que parte das publicações nas redes sociais distorceu os fatos ao sugerir que Tarcísio teria criado um “novo imposto sobre a caixinha”.

Mesmo assim, o tema ganhou força política. A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) ingressou com uma representação no Tribunal de Contas do Estado pedindo a suspensão da cobrança. “Taxar gorjetas é punir os trabalhadores que mais precisam de apoio”, afirmou a parlamentar.

Além das críticas pela suposta taxação, Tarcísio também foi alvo de ironias e protestos virtuais após defender o modelo de pedágios “free flow” e minimizar casos de bebidas adulteradas, ao dizer que “se começarem a falsificar Coca-Cola, vou me preocupar”.

Com o aumento da pressão pública, o governo tenta conter o desgaste. Em nota, a Secretaria da Fazenda reiterou que “a regra existe há mais de uma década e apenas está sendo observada com rigor técnico”.

Enquanto isso, o debate sobre o papel do Estado e o impacto da tributação sobre o setor de serviços promete continuar no centro das discussões políticas paulistas — e nas redes sociais, onde o nome do governador se mantém entre os mais comentados.

Redação CN67.

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