Corrida contra o tempo: França tem 24 horas para recuperar joias roubadas do Louvre, alertam especialistas.

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 A França vive uma corrida contra o tempo para recuperar as joias roubadas do Museu do Louvre, em Paris, no último domingo (19). Especialistas alertam que, se os criminosos não forem capturados nas próximas 24 horas, as chances de recuperar as peças intactas são praticamente nulas.

Chris Marinello, CEO da Art Recovery International — empresa especializada na localização de obras de arte roubadas — afirmou à BBC que o prazo é crucial. “Se esses ladrões não forem pegos nas próximas 24 horas, as joias provavelmente desaparecerão. Eles vão desmontar, derreter o metal precioso, cortar as pedras e eliminar qualquer vestígio do crime”, explicou.

O roubo aconteceu por volta das 9h30 da manhã (horário local), apenas meia hora após o museu abrir ao público. De acordo com a polícia, os assaltantes usaram um caminhão com guindaste para alcançar uma janela da Galerie d’Apollon, onde ficam expostas joias da coroa francesa e peças ligadas a Napoleão Bonaparte.

Entre as nove joias levadas, está o colar de esmeraldas do conjunto Marie-Louise e uma tiara da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense. A coroa da Imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III — cravejada com 1.354 diamantes e 56 esmeraldas — foi encontrada do lado de fora do museu, provavelmente caída durante a fuga.

A ministra da Cultura, Rachida Dati, afirmou que o crime durou menos de quatro minutos. “Chegamos quase imediatamente, mas os criminosos já haviam fugido. Foi uma ação profissional”, reconheceu.

O ministro da Justiça, Gérald Darmanin, admitiu falhas na segurança e lamentou o impacto do caso. “Falhamos. É inacreditável que alguém tenha conseguido estacionar um caminhão guindaste em plena luz do dia e levar joias inestimáveis. Isso mancha a imagem da França”, disse à rádio France Inter.

A investigação foi assumida pela Brigada de Repressão ao Banditismo (BRB), sob coordenação da Promotoria de Paris. O governo anunciou uma revisão imediata dos protocolos de segurança em museus e outras instituições culturais.

Com um acervo de mais de 33 mil obras, o Louvre é considerado o museu mais visitado do mundo. O roubo reacende o debate sobre a vulnerabilidade de instituições culturais francesas, que também abrigam tesouros inestimáveis no Museu d’Orsay, no Centro Pompidou e no Museu de Belas Artes de Lyon.

Redação CN67

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