Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se reuniram neste domingo (26), na Malásia, em um encontro marcado por temas delicados, como as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, sanções a autoridades nacionais e menções ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em declaração à imprensa nesta segunda-feira (27), Trump elogiou Lula, a quem chamou de “um cara muito vigoroso”, mas não confirmou a possibilidade de um acordo imediato para reduzir as tarifas. “Foi uma boa reunião. Vamos ver o que acontece; não sei se algo vai acontecer, mas veremos. Eles gostariam de fazer um acordo. No momento, pagam cerca de 50% de tarifa. Tivemos uma ótima conversa, e quero desejar um feliz aniversário ao presidente. Ele é um homem vigoroso e fiquei bastante impressionado”, afirmou o norte-americano.
Lula, por sua vez, demonstrou mais otimismo. Segundo ele, Trump teria sinalizado positivamente para um acordo. “Estou convencido de que, em poucos dias, teremos uma solução definitiva entre Estados Unidos e Brasil, para que a vida siga boa e alegre, como dizia Gonzaguinha”, declarou o brasileiro, classificando o encontro como “surpreendentemente bom”.
A conversa entre os dois durou cerca de 45 minutos. Lula pediu a revogação das tarifas e o fim de sanções impostas a autoridades brasileiras, como as previstas pela Lei Magnitsky. O presidente afirmou acreditar que a relação bilateral “está estabelecida” e deve se tornar mais produtiva após a reunião.
“Quem imaginava que não haveria relação entre Brasil e Estados Unidos, perdeu. Vai haver, e será uma relação produtiva para ambos os países e para a democracia”, concluiu Lula, ressaltando que ambos os líderes devem colocar diferenças ideológicas de lado em prol dos interesses comuns.
Redação CN67.
