Alexandre Guimarães, ex-diretor de Governança, Planejamento e Inovação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), confirmou nesta segunda-feira (27) à CPMI do INSS que recebeu R$ 2 milhões de uma empresa vinculada a Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”.
Em depoimento à comissão parlamentar, que investiga fraudes em benefícios previdenciários, Guimarães – que dirigiu o instituto entre 2021 e 2023 – negou qualquer relação entre o valor recebido e irregularidades envolvendo aposentados e pensionistas.
“Eu não recebi do senhor Antônio. Eu recebi da empresa para a qual eu prestava serviço”, afirmou, explicando que foi sócio da Vênus Consultoria, que prestava serviços de educação financeira para uma das empresas do “Careca do INSS”.
Segundo ele, os contratos foram encerrados no início deste ano, logo após a deflagração da operação Sem Desconto, realizada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). “Encerramos assim que saiu a operação. Eu ainda prestei serviço em maio e depois encerrei”, disse Guimarães, ressaltando que conheceu Antônio Carlos em 2022 por intermédio de amigos em comum.
Próximos depoimentos
Nesta terça-feira (28), a CPMI ouve os depoimentos do piloto Henrique Galvão e do empresário Domingos Sávio de Castro. Henrique foi convocado por ser um dos pilotos que mais realizou voos em aeronaves ligadas a Silas da Costa Vaz, da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), que está sob investigação por descontos suspeitos em aposentadorias e pensões do INSS.
Já Domingos Sávio será ouvido por supostas relações financeiras com entidades associativas que teriam repassado valores suspeitos ao “Careca do INSS”.
Redação CN67.
