O surgimento do cometa interestelar 3I/ATLAS voltou a despertar o antigo alerta de Stephen Hawking sobre os riscos de um possível contato com civilizações extraterrestres. O físico britânico advertia que revelar a posição da Terra no universo poderia trazer consequências desastrosas para a humanidade.
Detectado em julho de 2025, o 3I/ATLAS chamou a atenção dos cientistas por seu comportamento anômalo e origem fora do Sistema Solar. Embora a Nasa garanta que ele não representa perigo — sua aproximação máxima será de cerca de 270 milhões de quilômetros da Terra —, o movimento irregular do objeto e o fato de ter desaparecido temporariamente atrás do Sol alimentaram inúmeras teorias.
Entre os que não descartam hipóteses ousadas está o físico Avi Loeb, de Harvard, que sugere a possibilidade de o 3I/ATLAS ser uma sonda interestelar enviada por uma civilização desconhecida. “Nos preocupamos com ameaças como a IA e as mudanças climáticas, mas ignoramos a chance de existirem tecnologias alienígenas. Deveríamos discutir isso”, afirmou.
O tema revive a chamada “hipótese da floresta escura”, que propõe que civilizações inteligentes preferem se manter em silêncio para evitar atrair atenção de outras, potencialmente hostis. Hawking acreditava que uma civilização avançada, capaz de cruzar o cosmos, poderia estar em busca de novos mundos para colonizar — e que um contato direto poderia ser tão devastador quanto a chegada de Colombo às Américas para os povos nativos.
Enquanto isso, Nasa e Agência Espacial Europeia mantêm postura cautelosa, destacando o valor científico do fenômeno. O cometa permitirá o estudo de materiais formados em outros sistemas estelares, oferecendo pistas sobre a origem do universo.
Segundo a Nasa, o 3I/ATLAS atingirá seu ponto mais próximo do Sol em 30 de outubro de 2025, dentro da órbita de Marte. Ele deve continuar visível para telescópios até setembro e reaparecer no início de dezembro, quando poderá ser novamente observado do outro lado do Sol.
Redação CN67.
