A distância entre aprovação e desaprovação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diminuiu drasticamente nos últimos seis meses, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta semana. O levantamento mostra que o presidente conseguiu recuperar terreno junto ao eleitorado e que a diferença entre avaliações positivas e negativas, que era de 17 pontos em maio, agora está tecnicamente empatada, com apenas um ponto percentual de distância.
O movimento representa uma tendência de recuperação da imagem do governo, especialmente após meses de desgaste político e econômico. A melhora é mais expressiva entre mulheres e adultos de 35 a 59 anos, dois segmentos que vinham demonstrando maior resistência ao governo e agora mostram índices de aprovação em alta.
De acordo com os dados, a aprovação de Lula subiu para 46%, enquanto a desaprovação recuou para 47%, dentro da margem de erro da pesquisa, o que configura um cenário de empate técnico. Em maio, apenas 26% aprovavam o governo, e 43% o desaprovavam.
A pesquisa indica que a percepção positiva cresceu em todas as regiões e faixas de renda, sugerindo uma melhora generalizada na avaliação do governo. Entre as mulheres, por exemplo, a aprovação subiu de 42% para 48%, e entre os eleitores de 35 a 59 anos passou de 38% para 44%, segundo os recortes divulgados.
Para analistas políticos, o crescimento pode estar ligado a medidas de impacto direto na renda e no consumo, como o reajuste do salário mínimo, a redução no preço dos alimentos e os programas de incentivo ao crédito e à habitação popular. A retomada de obras públicas e anúncios de investimentos em infraestrutura também contribuíram para melhorar a percepção de gestão.
O levantamento Genial/Quaest ouviu 2.004 pessoas entre 13 e 17 de agosto, com margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.
Apesar de o governo ainda enfrentar desafios — como inflação de serviços e críticas à condução fiscal —, o levantamento indica que o presidente Lula volta a recuperar apoio popular, especialmente nos setores que mais pesam no eleitorado: as mulheres e a classe média trabalhadora.
Com a tendência de alta nas pesquisas, aliados do Planalto veem o resultado como um sinal de que o governo voltou a se conectar com a base social que garantiu a vitória em 2022, reacendendo o otimismo no núcleo petista sobre a consolidação do apoio rumo às próximas disputas eleitorais.
Redação CN67.
