A seleção brasileira masculina de vôlei encerrou o Campeonato Mundial na 17ª colocação, sua pior campanha na história da competição e a primeira vez desde 1998 fora do pódio. A eliminação precoce foi resultado de uma combinação de fatores: da derrota acachapante por 3 a 0 para a Sérvia, passando pela falta de atenção ao saldo de sets, até o impacto emocional da morte da mãe do técnico Bernardinho horas antes da partida decisiva.
Apesar da frustração, a temporada não foi inteiramente negativa. Com elenco renovado após as despedidas de nomes como Lucão, Bruninho, Leal e Wallace, o Brasil conquistou o bronze na Liga das Nações, mostrando competitividade em torneio de longa duração. No entanto, no Mundial — de tiro curto — a instabilidade da equipe pesou.
As escolhas da comissão técnica também geraram questionamentos, como o banco para Bergmann e Honorato, que vinham de boas atuações, e a manutenção de Lucarelli mesmo em má fase contra a Sérvia. Já fora de quadra, o time ainda dependeu de um improvável tropeço da República Tcheca contra a China, que quase aconteceu, mas não se confirmou.
A campanha reflete um Brasil que já não domina o cenário mundial como no início dos anos 2000, mas que ainda se mantém entre as principais forças. O desafio agora será usar a Liga das Nações como preparação para 2027, quando estarão em jogo o Pré-Olímpico e um novo Mundial.
Da Redação.
