O mês de setembro foi marcado por sinais de estabilidade na economia brasileira, mas ainda com preocupações sobre a inflação.
A prévia do IPCA, índice que mede a inflação oficial, subiu 0,48%, após uma leve queda em agosto. No acumulado de 12 meses, os preços avançaram 5,1%, acima do teto da meta do governo, que é de 4,5%. O aumento foi puxado principalmente pelos setores de serviços e alimentos.
O Produto Interno Bruto (PIB) manteve ritmo moderado, com crescimento de 0,4% no segundo trimestre. Mesmo assim, o mercado reduziu a expectativa de alta para o ano, agora em torno de 2,1%, refletindo o impacto dos juros altos sobre o consumo e o crédito.
O Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano, o maior nível em quase duas décadas. A medida busca conter a inflação, mas também desacelera a atividade econômica.
Na balança comercial, o país acumulou superávit de quase US$ 45 bilhões entre janeiro e setembro, resultado positivo, mas menor que o do ano passado, devido ao aumento das importações.
Especialistas afirmam que o Brasil segue em um momento de cautela: a economia resiste, mas o desafio é equilibrar o controle dos preços com a retomada do crescimento.
Redação CN67.
