A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) abriu um novo capítulo de tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos. Washington já sinaliza que prepara novas sanções contra autoridades brasileiras, especialmente ministros do STF, em resposta ao julgamento considerado “politicamente motivado” por integrantes do governo norte-americano.
O secretário de Estado, Marco Rubio, declarou que a decisão do STF “fere princípios democráticos” e prometeu medidas adicionais. Nos últimos meses, os EUA já haviam adotado ações contra o Brasil, como a imposição de tarifas de 50% sobre a maioria das exportações e sanções individuais contra o ministro Alexandre de Moraes, sob a Lei Magnitsky.
Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, afirmou em entrevista que espera “novas punições contra ministros do Supremo que votaram pela condenação”, reforçando a expectativa de que Washington intensifique a pressão política e econômica sobre Brasília.
O que pode vir pela frente.
Especialistas apontam que as sanções podem se expandir em cinco frentes:
- Ampliação das punições individuais a magistrados e autoridades ligadas ao processo.
- Cancelamento de vistos e restrições diplomáticas.
- Novas tarifas sobre exportações estratégicas, como minério, celulose e produtos agrícolas.
- Medidas financeiras, incluindo congelamento de ativos.
- Isolamento político, com pressão internacional contra decisões do STF.
Reação do Brasil.
O Itamaraty reagiu defendendo a independência do Judiciário brasileiro e afirmou que o julgamento seguiu o devido processo legal. O governo Lula adota tom de cautela, mas já avisou que poderá responder “com reciprocidade” caso as medidas se ampliem.
Enquanto isso, empresários e exportadores demonstram preocupação com os possíveis impactos na balança comercial e nos investimentos.
Com a escalada da crise, o cenário entre Brasil e EUA é de crescente instabilidade diplomática, e os próximos passos de Washington podem definir o futuro das relações bilaterais.
Da Redação.
