O ministro da Educação, Camilo Santana, confirmou nesta quarta-feira (1º) um pacote de investimentos de R$ 9 bilhões para o setor educacional, com foco na retomada de obras paralisadas, ampliação de programas estudantis e novos projetos voltados à inclusão. Entre as novidades, está a criação da Universidade Indígena, que terá sede em Brasília e polos regionais, incluindo o Mato Grosso do Sul.
De acordo com o MEC, mais de 45 mil estudantes serão beneficiados diretamente no estado. Somente no caso das bolsas voltadas a alunos indígenas, o número saltará de 8 mil para 17 mil contemplados, e o valor pago mensalmente aumentará de R$ 900 para R$ 1.400.
Em Mato Grosso do Sul, o ministro também participou da inauguração de prédios universitários e anunciou a retomada de 43 obras paralisadas de infraestrutura educacional. No Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Santana vistoriou a ampliação de leitos de UTI e a construção de novos espaços acadêmicos.
Outro destaque é a criação da Carteira Nacional Docente, que funcionará como documento de identificação para professores e permitirá acesso a benefícios, como meia-entrada em eventos culturais. Além disso, o governo anunciou reajuste no repasse do Fundeb para alunos indígenas, quilombolas e de educação especial.
Sobre a Universidade Indígena, Camilo Santana explicou que o projeto de lei será encaminhado ao Congresso em outubro. A instituição deve aproveitar a estrutura da antiga “Universidade dos Correios” em Brasília e terá polos distribuídos em estados com maior concentração de povos indígenas, entre eles Mato Grosso do Sul.
Apesar dos anúncios, a agenda em Dourados foi marcada por protestos de estudantes indígenas, que cobraram moradias estudantis e o pagamento das bolsas durante os 12 meses do ano. O ministro reconheceu as demandas e afirmou que o diálogo seguirá com lideranças para consolidar as novas políticas.
“Estamos retomando obras, ampliando bolsas e criando uma universidade voltada exclusivamente para os povos indígenas. Nosso compromisso é com uma educação pública inclusiva e de qualidade”, destacou Santana.
Com a iniciativa, o governo busca não apenas recuperar atrasos no setor, mas também avançar em políticas de inclusão e valorização da diversidade, fortalecendo o papel da educação no desenvolvimento social e cultural do país.
Da Redação.
