Michelle Bolsonaro culpa governo por “tarifaço”, critica feminismo e fala em “farsa judicial” contra o ex-presidente.

Política

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro voltou a protagonizar o debate político nacional após conceder uma entrevista ao jornal britânico The Telegraph. Durante a conversa, ela fez duras críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu o marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e comentou sobre os rumores de que poderia disputar as eleições de 2026.

Entre os temas abordados, Michelle culpou o atual governo pelo chamado “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Segundo ela, a medida reflete falhas da política econômica e diplomática de Lula. “O país está sofrendo com ideologias doentias e decisões equivocadas que prejudicam o povo brasileiro”, afirmou.

A ex-primeira-dama também criticou o feminismo, afirmando que o movimento teria se afastado de valores que, em sua visão, deveriam nortear o papel da mulher na sociedade. “As mulheres não precisam negar sua fé ou sua família para serem fortes. O feminismo atual quer dividir, não unir”, declarou.

Outro ponto central da entrevista foi a defesa de Jair Bolsonaro, condenado em processos que o deixaram inelegível. Michelle classificou o caso como uma “farsa judicial”, dizendo que o marido é vítima de perseguição política. Ela também questionou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que ele “acumula poderes de forma indevida”.

Questionada sobre as pressões internas dentro do Partido Liberal (PL) para que Bolsonaro indique um sucessor — ou mesmo para que ela própria entre na disputa presidencial —, Michelle disse que não há definição. “Minha prioridade é cuidar do meu marido e da minha família. Mas, se for da vontade de Deus, estarei pronta para servir o Brasil”, afirmou.

A entrevista repercutiu entre aliados do ex-presidente, que enxergam Michelle como um possível nome de renovação dentro da direita brasileira. Já para críticos, as declarações reforçam a tentativa de manter viva a base bolsonarista em meio às dificuldades judiciais enfrentadas pelo ex-chefe do Executivo.

Redação CN67.

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