Milhares tomam as ruas do Brasil contra a PEC da Impunidade e a Anistia.

Política

No domingo, 21 de setembro de 2025, milhares de brasileiros saíram às ruas das principais capitais do país em protesto contra a PEC da Blindagem — apelidada de “PEC da Impunidade” — e o projeto de anistia que beneficiaria pessoas condenadas pela tentativa de golpe de 8 de janeiro. Os atos aconteceram simultaneamente em todas as 27 capitais e mobilizaram também centenas de cidades pelo país.

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi palco de uma das maiores concentrações, com pico estimado de aproximadamente 42.400 pessoas, segundo levantamento divulgado por fontes independentes. Em Belo Horizonte, os organizadores relatam uma participação de cerca de 50.000 pessoas, embora não haja confirmação oficial da polícia. Já em Brasília, a Esplanada dos Ministérios foi ocupada por milhares de manifestantes, com estimativa dos organizadores de 30.000 participantes.

Outras capitais como Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife e Fortaleza também registraram atos expressivos, com relatos de multidões, ainda que sem números oficiais. As manifestações contaram com a participação de movimentos sociais, centrais sindicais, partidos políticos e artistas, que reforçaram o apelo contra a aprovação da PEC e da anistia.

Os protestos refletem uma forte articulação não apenas nas ruas, mas também nas redes sociais, onde hashtags relacionadas à “PEC da Blindagem” e “Sem Anistia” ganharam grande visibilidade. Vídeos, imagens e transmissões ao vivo ajudaram a ampliar o alcance das mobilizações, reforçando a pressão política sobre deputados e senadores.

A PEC da Blindagem, aprovada recentemente na Câmara, dificulta a abertura de investigações criminais contra parlamentares, exigindo autorização prévia do próprio Congresso. Já o projeto de anistia pretende beneficiar envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro, incluindo figuras de destaque da política nacional.

Especialistas apontam que a mobilização de hoje representa uma das maiores demonstrações de descontentamento popular recente contra decisões legislativas controversas. Apesar disso, ainda não é possível medir o impacto direto sobre o andamento das votações, mas a visibilidade nas ruas e nas redes sociais evidencia que a pressão da população não deve ser ignorada.

Da Redação

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