O governo de São Paulo confirmou nesta segunda-feira (30) que o número de mortes investigadas por intoxicação com metanol subiu para cinco no estado. Até o momento, foram registrados 22 casos suspeitos, sendo sete confirmados e 15 ainda em investigação.
Das cinco mortes notificadas, apenas uma já teve a causa oficialmente atribuída à ingestão de bebida adulterada com metanol. As demais seguem sob análise. Quatro vítimas morreram na capital paulista, e uma em São Bernardo do Campo, embora esta última também possa ter consumido o produto dentro da cidade de São Paulo.
Para enfrentar a situação, o governo estadual montou um gabinete de crise, que reúne áreas de saúde, fiscalização e segurança, a fim de rastrear a origem das bebidas adulteradas e impedir novos casos. A Polícia Federal também abriu inquérito para investigar a distribuição ilegal de metanol e possíveis vínculos com o crime organizado.
Em operações de fiscalização, a vigilância sanitária já apreendeu garrafas sem rótulo ou procedência em bares e estabelecimentos da capital.
Riscos à saúde.
O metanol é uma substância altamente tóxica. Quando ingerido, pode causar desde náuseas, vômitos e dores abdominais até cegueira, danos neurológicos irreversíveis e morte. Os sintomas costumam aparecer entre 6 e 24 horas após o consumo.
As autoridades de saúde orientam a população a evitar bebidas sem procedência e a procurar atendimento médico imediato diante de sinais de intoxicação. Todos os casos suspeitos devem ser notificados, mesmo antes da confirmação laboratorial.
Da Redação.
