O forte temporal que atingiu Campo Grande no domingo (2) provocou momentos de pânico e destruição na Avenida Afonso Pena. A ventania arrastou trailers, derrubou árvores e postes, além de deixar vários pontos da cidade sem energia elétrica.
A comerciante Lauane Bibiano relatou que o vento surgiu de forma repentina, pegando todos de surpresa.
“Foi do nada. A gente tinha acabado de atender os clientes quando começou a garoar. De repente, o tempo fechou e o vento atravessou a pista, levantando mesas, cadeiras e até quebrando brinquedos do parquinho. Tinha criança na cama elástica, e os pais precisaram segurar para não serem levadas”, contou.
Um dos trailers instalados próximo ao parque chegou a ser arrastado com o proprietário dentro, que acabou se ferindo.
“Um deles foi levado com o dono dentro. Ele quebrou o pé. Eu vi o trailer no meio da rua, sem nada dentro. Foi assustador”, relembrou Lauane.
A comerciante Neiva Silva também descreveu o caos no momento do vendaval.
“Foi um caos. Os clientes saíram correndo, alguns caíram, outros se abrigaram dentro do ônibus. Faltou energia, caiu poste, tenda desabou, cadeiras quebraram. O medo maior era alguém se machucar com os fios de energia. Graças a Deus, ninguém se feriu”, disse.
Equipes do Corpo de Bombeiros, Energisa e Detran-MS trabalharam durante toda a noite para liberar vias e restabelecer o fornecimento de energia. A Energisa informou nesta segunda-feira (3) que 80% dos clientes afetados já tiveram o serviço restabelecido e que as equipes continuam atuando nas ruas.
De acordo com o meteorologista Natálio Abrahão, o temporal foi causado pela combinação de alta umidade, calor intenso e um centro de baixa pressão no Paraguai, que formou áreas de instabilidade.
“Essas condições devem continuar até sexta-feira, com risco de novas tempestades, descargas elétricas e inundações em algumas regiões do estado”, alertou.
O Parque das Nações Indígenas permanecerá fechado nesta segunda-feira (3) para limpeza e manutenção. O Imasul informou que as equipes estão trabalhando para garantir a segurança dos visitantes após os estragos.
Fonte: A Crítica
