Por: Cassiano Panizza.
Em um mundo dominado por telas digitais e smartwatches, o relógio de pulso tradicional continua sendo um símbolo de estilo, precisão e herança. Mas por trás do mostrador elegante e do ponteiro contínuo existe um coração que pulsa de maneiras bem diferentes. Quartz, mecânico e automático: três mecanismos que contam o tempo — cada um à sua maneira.
Quartz: a precisão da eletrônica.
O relógio Quartz é o mais comum e acessível. Seu segredo está em um pequeno cristal de quartzo, que vibra milhares de vezes por segundo quando recebe energia de uma bateria. Essas vibrações regulares são transformadas em pulsos elétricos, responsáveis por mover os ponteiros com exatidão quase cirúrgica.
A grande vantagem do Quartz é sua precisão — com variação de apenas alguns segundos por mês — e a praticidade, já que não precisa de corda nem de manutenção constante. É o favorito do dia a dia e o mais usado por grandes marcas em modelos modernos e esportivos.
Mecânico: a arte da tradição.
O mecanismo mecânico é a alma da relojoaria clássica. Nada de pilhas: ele funciona através de uma mola principal que, ao ser enrolada manualmente, libera energia gradualmente. Um complexo sistema de engrenagens e molas regula o movimento dos ponteiros com uma cadência quase poética.

Mais do que um simples marcador de tempo, o relógio mecânico é uma obra de engenharia artesanal. Exige cuidado, manutenção e, claro, paciência — pois precisa ser “dado corda” regularmente. Mas, para os apaixonados por relojoaria, isso é parte do encanto.
Automático: a evolução do mecânico.
O relógio automático é, essencialmente, um mecânico com um toque de genialidade: ele se carrega sozinho com o movimento do pulso. Dentro dele, um rotor — uma pequena massa semicircular — gira conforme o usuário se movimenta, enrolando a mola principal sem necessidade de intervenção manual.

É o equilíbrio perfeito entre tradição e praticidade. O automático oferece o mesmo refinamento do mecânico, mas com o conforto de não precisar dar corda — desde que seja usado com frequência. Por isso, é o preferido de colecionadores e entusiastas que veem no relógio não apenas um acessório, mas uma extensão de si mesmos.
Três formas de marcar o tempo, um mesmo fascínio.
Escolher entre Quartz, mecânico ou automático é mais do que uma questão técnica — é uma decisão que revela personalidade. Enquanto o Quartz representa a modernidade e a eficiência, o mecânico é pura tradição. Já o automático, o elo entre passado e presente.
No fim das contas, todos cumprem a mesma função: lembrar-nos de que o tempo não para — e que há beleza em cada segundo que passa.
