Raízes de Mato Grosso do Sul – 48 ANOS: Delinha, símbolo eterno da alma sul-mato-grossense.

Mato Grosso do sul

No mês dos 48 anos de Mato Grosso do Sul, celebrado em 11 de outubro, é impossível não recordar uma das maiores representantes da cultura e identidade sul-mato-grossense: Delinha, a eterna Dama do Rasqueado. Mais do que uma cantora, ela se tornou um verdadeiro patrimônio do Estado, levando para os palcos a essência da música de raiz que traduz a vida, os amores e a história de seu povo.

Nascida em 1936, em Vista Alegre, distrito de Maracaju, Delinha mudou-se ainda menina para Campo Grande, onde começou a trilhar o caminho que a faria se tornar um dos nomes mais respeitados da música regional. Ao lado de Délio, primo e posteriormente marido, formou a dupla Délio & Delinha, referência absoluta na difusão do rasqueado, chamamé e guarânia – ritmos que atravessaram gerações e consolidaram o Estado no mapa cultural do Brasil.

Com mais de 32 discos gravados e uma carreira que atravessou mais de seis décadas, Delinha eternizou clássicos como “Malvada”, “Cidades Irmãs”, “Prenda Querida”, e “O Sol e a Lua”. Suas músicas, cantadas em bailes, rádios e programas de auditório, se transformaram em trilha sonora da vida de milhares de sul-mato-grossenses, reforçando a identidade da região e a força do rasqueado como símbolo cultural.

Mesmo após a separação conjugal, a dupla se reencontrou nos palcos em momentos marcantes, provando que a música sempre falou mais alto. Até seus últimos dias, Delinha manteve-se ativa, mostrando vitalidade e amor pela arte, conquistando novas gerações e preservando a tradição.

Reconhecida oficialmente como embaixadora da cultura de Campo Grande, Delinha também foi eternizada em documentários, musicais e homenagens que reforçam seu legado. Ao falecer em junho de 2022, aos 85 anos, deixou uma lacuna imensa, mas também um legado imortal: a certeza de que sua voz ecoará sempre que o rasqueado soar em Mato Grosso do Sul.

Na celebração dos 48 anos do Estado, relembrar a trajetória de Delinha é reafirmar que a história de MS não pode ser contada sem sua Dama do Rasqueado. Uma artista que transformou a simplicidade em arte, a vida em música e o amor por sua terra em um hino de identidade cultural.

Imagens: @delinhaoficial

Redação CN67 –  EM REVERÊNCIA.

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