Mesmo com uma dívida estimada em R$ 2,7 bilhões e o projeto “SAFiel” ganhando destaque, a transformação do Corinthians em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) enfrenta forte resistência dentro do clube. A maioria dos 299 conselheiros — entre trienais e vitalícios — é contrária à mudança, alegando defesa da tradição associativa e temor de perda de poder político.
A proposta de novo estatuto até permite a criação de uma SAF, mas veta o controle majoritário por investidores externos, exigindo que a gestão permaneça nas mãos dos associados — o que, na prática, inviabiliza o modelo proposto pela SAFiel.
Na última quarta-feira (29), representantes do projeto se reuniram com dirigentes no Parque São Jorge para apresentar uma carta de intenções e debater o tema. Apesar da resistência, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr., reconhece a necessidade de discutir o assunto, especialmente diante das mudanças tributárias previstas para 2027, que podem tornar o modelo associativo mais caro.
Especialistas apontam que a SAF pode garantir sustentabilidade financeira e novas fontes de receita, mas dentro do Corinthians, o sentimento predominante ainda é de que o clube “não está à venda”.
Redação CN67.
